Embora muitas escolas possuam essas tecnologias disponíveis, as mesmas não são utilizadas como deveriam, ficando muitas vezes trancadas em salas isoladas longe do manuseio de alunos e professores. Esta parceria entre educação e tecnologia é muito dificil de ser efetivada. No que se refere a tecnologia digitais, principalmente, os professores mais conservadores tem dificuldade de interação. Eles já admitem utilizar o computador e a internet para preparar suas aulas,mas não conseguem ainda utilizar os mesmos na sua atividades em sala de aula, como instrumento pedagógico.
Para que se implemente uma política eficiente de ensino especializado em informática, não basta saber utilizar bem as ferramentas. É desejável que gestores e professores tenham um planejamento consistente e objetivos bem definidos a fim de se alcançar resultados adequados. Naturalmente, a formação em Informática educativa pode colaborar muito nesse sentido.
É importante que os agentes de ensino definam atividades em que os alunos utilizem o computador como recurso didático e pedagógico. As aulas devem ser planejadas antes que sejam aplicadas em ambiente computacional. Nesse contexto, a abordagem contrucionista - em que o aluno constrói algo utilizando o computador como meio - tem sido utilizada com grande sucesso.[1]
Entre outros cuidados, é necessário, quando se programa uma atividade para o ensino da informática, que os objetivos a serem atingidos sejam expostos aos alunos. A elaboração das atividades deve considerar como atingir os resultados almejados, quão significativa será a aprendizagem proporcionada pela situação a ser criada e se os recursos a serem utilizados são os mais adequados.
…organizações muito competitivas ou que apresentam um elevado grau de isolamento entre os funcionários terão mais dificuldades de criar um ambiente de troca.
O perfil normalmente realizado de forma individual em sua sala de aula dificulta muito a criação de uma cultura de colaboração, o que faz surgir a necessidade da gestão propiciar momentos de troca de experiências entre os professores (e os funcionários). Nos casos em que esta cultura já esteja instaurada na escola, fica muito mais fácil a implementação do sistema de organização e disseminação de informações. (VIEIRA 2002, p. 37).
O perfil normalmente realizado de forma individual em sua sala de aula dificulta muito a criação de uma cultura de colaboração, o que faz surgir a necessidade da gestão propiciar momentos de troca de experiências entre os professores (e os funcionários). Nos casos em que esta cultura já esteja instaurada na escola, fica muito mais fácil a implementação do sistema de organização e disseminação de informações. (VIEIRA 2002, p. 37).
Porém, mais importante do que as técnicas e o planejamento, é a postura do educador que mais influenciará o resultado do processo de ensino e aprendizagem. Sobre isso, vale a pena citar o professor José Manuel Moran, da ECA-USP:
Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as utilizaremos para comunicarmos mais, para interagir melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizam mais a busca que o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de estabelecer formas democráticas de pesquisa e comunicação. Então somos verdadeiros Educadores.[2]
O fato de ter uma sala com computadores não significa necessariamente ter informatização do ensino, como não basta papel e caneta para se escrever um bom texto. Primeiramente é preciso que exista um planejamento, o qual indicará os passos a serem seguidos. A informatização do ensino, não pode ser vista como solução para todos os problemas e nem fazer alusão de que todas as dificuldades relacionadas ao ensino-aprendizagem estarão sanadas, mas não podemos medir esforços para utilizar tudo o que possa contribuir para sua melhoria.
Porém para que neste ambiente virtual gigantesco o objetivo central não se perca é preciso que o educador seja um mediador e oriente o educando. Assim como na vida real a virtual também apresenta opções e caminhos que nos levam à fins diversos e é aí que o educador deve intervir, de maneira a contribuir para o desenvolvimento de valores pessoais e sociais levando a construção de uma consciência critica. Tendo por finalidade a formação de cidadãos capazes de avaliar suas atitudes e escolhas, como também o mundo em que vivem.
A informática pode ser incorporada em todos as modalidades educacionais. Uma dessas modalidades é a Educação Infantil. Baseando-se na epistemologia genética de Piaget pode-se concluir que a introdução da informática para as crianças pode ser favorável ao desenvolvimento. Essa teoria de Piaget afirma que no Período Simbólico, que vai dos dois aos quatro anos de idade, a criança é capaz de criar imagens mentais que substituem o objeto real, e que, no Período Intuitivo - que vai até os sete anos - a criança tenta decifrar o porque dos acontecimentos. Analisando as características de tais períodos podemos afirmar que o computador é um bom recurso às crianças dessa faixa etária.
O computador pode ser utilizado como um recurso tecnológico que desenvolva o raciocínio infantil, visto que, é uma excelente forma, tanto de mostar imagens, como de demonstrar às crianças como os acontecimentos ocorrem. O computador também desperta um súbito interesse em relação a conteúdos além da matéria que lhe foi exposta em sala de aula. É um ótimo motivador para complementar as aulas.
As idéias do MEC também podem ser utilizadas como argumento favorável a implantação do computador na Educação Infantil, pois afirma que a escola deve relacionar os diversos materiais disponíveis, como pode ser visto no Parecer feito em 1998: